Adonias Filho




Imagem: site Ilhéus 24 horas


Itajuípe, 27 de novembro de 1915 — Ilhéus, 2 de agosto de 1990
Os livros  de Adonias Filho  revelam  um mundo  trágico e bárbaro  no qual  quase  tudo  é sofrido, amargo e rústico.  A realidade  incômoda  de um mundo   de solidão no qual se movem  rudes personagens  que surgem  nas páginas  de suas narrativas.
    “Não, Adonias não é um autor agradável.  Nem é confortável a descida aos infernos dessa Divina Comédia sem céu e sem purgatório. Ao emergirmos de seu mundo demoníaco, saímos dele atordoados, contundidos, massacrados. E transformados. Transformados no sentido da catarse, da purgação e da descoberta. Ninguém mergulha nesse microcosmo de almas danadas – seus romances maiores – e sai incólume. Adonias fustiga não somente a nossa sensibilidade como também a nossa consciência. E ninguém pode permanecer indiferente ao seu clamor de justiça e humanidade. Menos indiferente ainda se pode ficar diante da maestria desse escritor – cujo estilo, por não ser crítico e nem pretender sê-lo, não me atrevo a analisar em profundidade, em respeito a ele mesmo que o foi e dos maiores.”   Discurso de  Dias Gomes  na Academia  Brasileira de Letras.
Bibliografia:
 Renascimento do homem - ensaio (1937)
Tasso da Silveira e o tema da poesia eterna - ensaio (1940)
Memórias de Lázaro - romance (1952)
Jornal de um escritor (1954)
Modernos ficcionistas brasileiros - ensaio (1958)
Cornélio Pena - crítica (1960)
Corpo vivo - romance (1962)
História da Bahia - ensaio (1963)
O bloqueio cultural - ensaio (1964)
O forte, romance (1965)
Léguas da promissão - novela (1968)
O romance brasileiro de crítica - crítica (1969)
Luanda Beira Bahia - romance (1971)
O romance brasileiro de 30 - crítica (1973)
Uma nota de cem - literatura infantil (1973)
As velhas - romance (1975)
Fora da pista - literatura infantil (1978)
O Largo da Palma - novela (1981)
Auto de Ilhéus - teatro (1981)
Noites sem madrugada - romance (1983)
Os bonecos de Seu Pope - literatura infantil (1989).

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